quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Reveillon, cocos e as vantagens de ser antissocial.


Inspirada na minha doce amiga Jas (em arte Poxa Cupido) decidi falar sobre um feriado também. Não vou copiar descaradamente e usar o natal (O doce feriado em que você se arruma todo pra ficar com cara de paisagem na sua casa), vou copiar discretamente e usar o ano novo, aquele momentinho do ano em que minha cachorra doida e hiperativa fica catatônica de medo...


Todos os reveillons que eu passei foram diferentes, dos meus primeiros anos de vida mais ou menos os nove anos eu ainda era legal e socializava com as pessoas, não tinha conhecido minha doce amiga Internet de forma intima. Dos dez aos doze anos eu já comecei a virar a coisa que eu sou hoje, tinha descoberto o Neopets (vocês lembram do neopets? Perdi metade da minha pré adolescência naquele site) e não sabia mais o que era ficar longe do meu novo marido, o Estabilizador; as pessoas já não mereciam mais minha atenção, porém ainda me dava o trabalho de ir desejar feliz ano novo para elas. Com treze e quatorze anos, eu nem saía mais do quarto, ficava lendo ou assistindo tv.
Aos quinze anos eu tive meu ano novo mais inusitado, meu pai decidiu me tirar da minha vida de bicho do mato e me obrigou a socializar com meus primos... Ele devia ter me deixado no quarto. 

Eu sabia que algo que me fizesse abandonar The O. C não poderia trazer algum beneficio à humanidade, mas ninguém me escuta nessa vida! Deu vontade de jogar na cara dele quando a casa caiu, mas achei que seria inadequado discutir num hospital...
Estávamos na casa de praia, eu queria mesmo ficar no quarto vendo meu seriado, mas fui bruscamente retirada do meu lugar feliz por que meu pai deu um blá blá blá sobre contato humano ser necessário, não sei... Tenho tendência a pensar em pandas rolando na grama quando ele começa a falar sem parar. Bem, lá estava eu, conversando com meus primos na areia, até que meu primo Miguel teve a ideia BRILHANTE de jogar basaball.

Uma coisa sobre minha coordenação motora para esportes: Ela não existe.

Tentei explicar para o Miguel de era um milagre eu saber andar em linha reta, não havia possibilidade de eu saber jogar baseball, mas ele insistiu, e eu me deixei levar. Como já mencionei, estávamos na praia, não tínhamos equipamento, o resultado foi que o taco era um pedaço de cerca quebrado e a bola era um coco marrom.

- Miguel! – Eu disse na minha vez de lançar – Não sou muito boa com bolas, é melhor pular minha vez.
- Isso não é uma bola, é um coco! – ele disse – deixa de ser besta e joga isso logo.
Eu joguei e descobri que não sou muito ruim só com bolas, cocos entram nessa também!
O coco bateu bem na cara do meu primo, ele tropeçou, caiu de cabeça na pedra decorativa da minha avó, ficou desorientado e com um corte na cabeça. Todos pararam para olhar o estardalhaço, eu ri antes de perceber que ele tinha se machucado de verdade. Ta, eu ri antes, durante, depois e eu rio disso até hoje. Virei ano num ponto socorro com metade da minha família esperando meu primo Miguel levar ponto. As enfermeiras morreram de dar risada também, acho que só o Miguel é incapaz de achar essa situação hilária.
Depois disso, coincidentemente, meu pai decidiu permitir que eu passasse o ano novo com meus amigos, onde eu não podia mandar membros da família para o hospital mais próximo.
A moral de hoje, crianças, é que, se querem passar o ano novo com seus amigos não com sua família, jogue um coco na cara do seu primo e reze para que ele receba um corte ruim o bastante para levar dois pontos na testa... Pera, não façam isso. Ou façam, se o primo for realmente chato...


Música do post: Hit Me With Your Best Shoot - Pat Benatar 

Ta, a música foi uma piada de muito mal gosto, pobre do meu primo tem cicatriz até hoje e FOI CAUSADA POR UM COCO KKKKKKKKKKKKKKKKKKK Ai meu deus, eu vou pro inferno.
Com amor, V. Sideralis.

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